sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ciúmes pra que?


Incrível como eu tenho uma tendência a escrever sobre dúvidas, não sobre suas soluções. E pior, dúvidas aparentemente inúteis, numa constante necessidade de exposição de idéias.
Mas vamos lá...
Depois de receber uma "mijada" de um amigo por comentar com a namorada dele, minha amiga, sobre uma janta que ele iria, fiquei pensando sobre ciúmes. E eu pensando, me perco.
Então, segundo meu querido Priberam, Ciúme significa "receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós", e ele está correto. Na verdade acho que a palavra "despeito" cabe perfeitamente no significado de Ciúme. O despeito é caracterizado como um ressentimento devido a uma ofensa leve. Mas afinal por que as pessoas se ofendem?
Algumas, aliás, se ofendem com uma facilidade absurda e se ofendem sem um motivo realmente válido.
Terminei nessa semana um livro do Sidney Sheldon, muito bom, mas que como todo bom livro que se preze, deve ter uma história de romance ao fundo. Sempre. E eu acho isso ridículo, mas não vem ao caso agora. O que importa é que esse livro de suspense traz como base a história de dois casais, que me fez perceber como as pessoas se sentem donas das vidas alheias quando estão em um relacionamento sentimental. E é esse tipo de sentimento, de possessão, que faz com que surjam crises de ciúme devido a ofensas leves.
Mas por que afinal, as pessoas se sentem nesse direito? E a culpa é de quem? Não podemos apontar culpados, já que últimos anos as mulheres adquiriram uma independência notável, e isso tornou os homens mais evasivos, por medo, eu diria. Logo, isso faz com que as mulheres se tornem inseguras e os homens se sintam ameçados por essa aparente liberdade feminina... e sintam ciúmes.
É um círculo vicioso e ridículo e não contribui em nada em uma relação, só gera o desprezo da outra pessoa. E isso sim, tem fundamentos.
De qualquer forma, tudo volta à questão da independência real. Seria tudo tão bom se cada um vivesse a SUA vida. Claro, combinadas às vidas de outras pessoas, mas não as dominando nem retraindo.
Mas disso, eu não vou falar novamente, até eu mesma já estou cansando.

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